quarta-feira, 28 de julho de 2010

Rosane Gofman se diverte em "Escrito nas Estrelas"


Todas as manhãs, ao acordar, Rosane Gofman pensa como seria bom se o dia tivesse mais de 24 horas. Só assim ela conseguiria dar conta de todos os seus compromissos. "A vida está uma loucura. Estou ensaiando uma peça, viajando o país com outro espetáculo, cuidando da minha família e me dedicando à Mundinha", conta a atriz, destacando sua personagem em "Escrito nas Estrelas", da Globo. Na trama, escrita por Elisabeth Jhin e dirigida por Rogério Gomes, Mundinha é uma experiente costureira, está sempre de bom-humor e sonha em encontrar um grande amor. "Sou casada e mãe de três filhos, mas acho que tenho cara de solteirona", brinca, referindo-se ao fato de que sempre a convidam para interpretar mulheres em busca de casamento.

O convite para o novo papel veio logo depois do fim das gravações de "Caminho das Índias", onde Rosane vivia Wal, uma secretária carente e apaixonada pelo chefe, Ramiro, personagem de Humberto Martins. O fato de interpretar dois tipos semelhantes não intimida a atriz, que não tem receio de ficar estereotipada. "Eu quero é trabalhar! Apesar de serem duas mulheres buscando um marido, as intenções são bem diferentes", avalia. A atriz também se mostra muito satisfeita com o sucesso da novela das seis. "É a prova de que o mais importante de uma novela é o texto. É o elemento que cativa o público", afirma.

O trabalho em "Escrito nas Estrelas" marca os 35 anos de carreira desta carioca. A estreia profissional foi no teatro em 1975. Rosane estudou no Tablado e depois integrou o grupo "Pessoal do Despertar", junto com os amigos Maria Padilha, Miguel Falabella, Daniel Dantas e Zezé Polessa. "Foi uma época de descobertas. Éramos jovens e queríamos nos expressar", relembra. A atriz dedicou-se exclusivamente aos palcos até o início dos anos 80, quando surgiu o primeiro personagem na TV, a Estelinha de "Louco Amor", novela de Gilberto Braga, exibida pela Globo em 1983.

Apesar de nunca ter protagonizado uma novela, seus personagens sempre ganham um certo destaque no desenvolvimento da trama. "Meus papéis começam pequenos e vão crescendo ao longo da obra. Foi assim com a Tadinha de "Por Amor", a Roseli de "Chocolate com Pimenta" e está acontecendo agora com a Mundinha", conta. Com 20 novelas no currículo, a atriz considera a espevitada Cinira, de "Tieta", que foi ao ar em 1989, o trabalho mais significativo de sua carreira na televisão. Tanto que até hoje ela ainda é lembrada pelo papel. "Há pouco tempo, estava fazendo as unhas e vi no crachá da manicure que o nome dela era Cinira. Resolvi perguntar o porquê e ela me respondeu que a mãe lhe deu esse nome porque adorava a personagem", revela, aos risos.

Rosane gosta de ser reconhecida pelo seu trabalho e acredita que foi através dos seus personagens cômicos que conseguiu criar uma conexão com o telespectador. "É muito bom saber que, no momento que estou na TV, posso fazer alguém dar boas risadas. Não perco a oportunidade", explica. A preferência pelo humor é inegável. Tanto no trabalho, quanto na vida. Além da novela, Rosane está envolvida com a turnê nacional do monólogo "Amor Perfeito", no qual encarna uma mãe superprotetora. Para o próximo ano, a atriz já busca patrocínio e ensaia o espetáculo "Doutoooor!", que fala sobre o lado engraçado da medicina.

Fonte: UOL TV

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