sábado, 30 de outubro de 2010

Arnaldo Jabor volta com "A Suprema Felicidade"


HÁ 25 ANOS, Arnaldo Jabor dirigiu "Eu Sei que Vou Te Amar", que premiou Fernanda Torres como melhor atriz no Festival de Cannes. Mas bilheteria que é bom, nada, e Jabor abandonou o cinema em prol das contas a pagar. Deixou meia dúzia de filmes para trás, entre eles "Toda Nudez Será Castigada", vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim de 1973, e "Eu te Amo". Desde então, faz arte com as palavras como jornalista, cronista e comentarista, dos mais espirituosos. Nesses escritos (e falados), o olhar crítico, irônico e sagaz sobre o mundo se funde com reminiscências da própria existência – há um artigo impagável sobre sua condição de coroinha reprimido. Muitas dessas histórias pessoais inspiraram "A Suprema Felicidade", o tão esperado retorno de Jabor à direção.

Ele revisita o Rio de Janeiro das décadas de 50 e 60, anos de sua infância e mocidade. Acertou quem pensou em Amarcord, de Federico Fellini – e o cineasta não renega a fonte. Nem tudo é autobiográfico nessa trama sobre ritos de passagem, embora a nostalgia de quem degustou aquela fase de parcas responsabilidades impregne cada cena. A felicidade raras vezes figura na rotina do protagonista, Paulo (Jayme Matarazzo), carioca da classe média que se defronta com os desafios e anseios comuns do crescer: o primeiro amor, o sexo, o bulling, e, no seu caso, o casamento infeliz dos pais. Jabor não é lá muito bom com atores. Falta carga emocional em cenas fortes e sobra teatralidade em outras que pediam sutileza. Se há algo de impecável é Marco Nanini, que faz um espetáculo à parte na pele do avô boêmio de Paulo. "A Suprema Felicidade" tem seus encantos, mas é uma volta em marcha lenta. Que no próximo, Jabor engate a primeira.

Fonte: Isto é Gente

3 comentários:

  1. Filme horrível, a imagem do cartaz e o nome do filme são exatamente o contrário do que trata o filme, me senti enganada. A interpretação da atriz principal é péssima, o Marco Nanini e o neto salvam o q é possível. Gastar 8 milhões com um filme desse é inaceitável. O diretor pode se aposentar para nos poupar. Muito ruim mesmo!!!!!!!!!

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  2. Eu acabei de voltar do cinema e achei simplesmente lindo! Nem me importam os pormenores técnicos do filme ou da direção do jabor. a trilha sonora é linda e me emocionei com as histórias do começo ao fim.

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  3. Lidia "o diretor pode se aposentar para nos poupar"? desiste que cultura nao é para você. Da próxima vez procura assistir algo do seu nivel intelectual, tipo "se eu fosse você".

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