segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Marco Pigossi volta como mulherengo em "Ti-Ti-Ti"


Tornar-se conhecido é o desejo de quase todos os artistas. Mas, se Marco Pigossi pudesse escolher, ele preferia ser lembrado pelos seus personagens do que pelo próprio nome. "Não quero que as pessoas conheçam o Marco. Quero estar sempre vinculado aos meus personagens", afirma. Mesmo nove meses depois de ter interpretado o alegre Cássio de "Caras & Bocas" --personagem com o qual ficou conhecido do público--, Marco ainda é lembrado pelo papel quando sai às ruas. "As pessoas ainda falam os bordões, mas não lembram direito. O rosa chiclete virou rosa pink", conta. Atualmente no ar como o problemático Pedro, de "Ti-Ti-Ti", ele vê no personagem a possibilidade de mostrar um trabalho diferente do que ficou conhecido. "Este é sombrio e egoísta. É realmente o oposto, estou indo de um polo a outro. Isso era uma vontade muito forte que eu tinha", revela.

O convite para atuar na trama de Maria Adelaide Amaral surgiu, inclusive, quando ainda estava gravando "Caras & Bocas". Mas só agora, com três meses de novela no ar, Marco estreou como o filho mau caráter de Jacques Leclair (Alexandre Borges). A entrada tardia foi motivo de preocupação para o ator. "É como pegar o bonde andando e querer sentar na janelinha. A equipe já está integrada e os atores estão com seus personagens formados", afirma. O que minimizou a insegurança foi ter tempo de sobra para construir a personalidade de Pedro. Há um mês gravando a novela, Marco já se sente tranquilo em cena. "O ator tem um tempo para se adaptar. Eu tive de passar por cima desse tempo e entrar com o personagem pronto. Já estou me sentindo mais próximo dele, do cenário, de quem contraceno e da equipe", diz.

Na novela das sete, Pedro morava no Canadá e enganava a família que estava lá para estudar. Recém chegado ao Brasil, o personagem já enfrenta o pai e destrói o coração das mulheres. "Já começo brigando. Acho isso importante para marcar o papel e o público entender que ele é", diz. Para compor o lado mulherengo, Marco voltou a sair com os amigos da época de escola. "Eu já tive uma fase Pedro, de cair na balada e fazer competição de quem pegava mais. Mas namorei por muito tempo, perdi o 'approach'", conta, aos risos. Assim como nos trabalhos anteriores, o ator escreveu uma sinopse de Pedro e lê frequentemente. "O trabalho do ator na televisão é solitário. Ninguém vai pegar na sua mão e dizer como fazer. Tem de fazer um trabalho de observação", analisa.

Dessa vez em um gênero diferente, Marco não está muito longe da comédia. Principalmente quando contracena com Alexandre Borges. "Durante a gravação da primeira briga com Jacques, havia uma mosca voando e o Alexandre bateu com as mãos. Foi hilário", lembra. Por isso, chega a ser difícil conter o riso em cena. "Eu estava ali, com a emoção e o Alexandre faz uma daquela... Dá vontade de abraçar e dizer o quanto ele é engraçado", diz o ator, que na pele do "vilão" espera ansioso pela reação do público. "Quando fiz o Cássio, a pergunta do ano era se eu era gay. Quando me conheciam viam como eu era diferente. Espero que com o Pedro seja a mesma coisa e me digam: 'como você é bonzinho'".

Fonte: UOL TV

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