Isso não muda, em todo esporte é a mesma
coisa. Atleta se contenta apenas quando vê, ouve ou lê coisas positivas.
Exposto excessivamente aos holofotes nos últimos meses, Anderson Silva não foge
à regra. No programa Profissão Repórter exibido pela Rede Globo na terça-feira
(11), o campeão dos médios do UFC se mostrou pouco receptivo com a abordagem de
um jovem repórter, que inicialmente perguntou sobre assuntos como idolatria e
violência no MMA.
Depois, quando pediu uma 'última palavrinha',
Anderson já visivelmente irritado respondeu ao jornalista: "Não, chega.
Agora chega, preciso ir embora. Entra em contato com a Nine (empresa que
gerencia sua imagem) e vê o que eles podem fazer por você", disparou.
Soou como empáfia e o fato rapidamente virou
assunto nos sites especializados. Na sequência, o repórter entrou em contato
com a Nine e a assessora disse que o campeão estava com agenda de imprensa
fechada. Depois, tudo ficou um tanto tendencioso para colocar o lutador como
alguém inalcançável. A reportagem visitou a casa dos parentes de Anderson em
Curitiba e Fábio Noguchi, primeiro mestre do atleta, que chorou ao lembrar que
ele 'nunca mais apareceu' após a fama.
Na manhã de quarta, Anderson criticou o
programa via Twitter.
"Fiquei muito triste com o que vi hoje.
Não chegaria até aqui se fosse arrogante. Quem conhece minha história sabe do
que falo. Você procura fazer tudo certo, se mantém focado no objetivo que é
treinar, com grande desafio pela frente, e alguns preferem te ferir com golpes
baixos e distorcidos", postou, pra em seguida citar uma frase do filme
Rocky Balboa, protagonizado por Sylvester Stallone.
A cada dia aprendendo que não importa o
quanto você bate, e sim o quanto aguenta apanhar. É assim que se ganha",
escreveu no microblog.
Também não concordei com o fato da atração
forçar a barra. Outros assuntos da modalidade foram abordados, repletos de
clichês e erros grotescos de edição que prejudicaram o tema. Mas é a pura
consequência de que o MMA ainda é assunto recente para a grande mídia, e o tom
polêmico que acompanha cada passo do esporte vai ser sempre - por bem ou por
mal - um dos carros-chefes de tudo.
Anderson tem todo direito de ficar chateado.
Mas também tem de ter em mente que as sequelas do estrelato também estarão bem
perto de cada etapa daqui pra frente. Será muitas vezes algo de lenta digestão,
além de mostrar, na prática, que a vida como ídolo não se resume apenas em ser
bajulado no programa do Faustão.
Fonte: Yahoo
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