terça-feira, 10 de abril de 2012

Cristianne Fridman faz balanço de "Vidas em Jogo"


Foi ao ar nesta segunda-feira (09), às 22h15, o último capítulo de “Vidas em Jogo” na Record. A novela é a quarta de Cristianne Fridman desde que chegou à emissora, há aproximadamente oito anos, e a segunda totalmente solo.

“Vidas em Jogo” contou com 243 capítulos e é a terceira novela mais longa da dramaturgia da emissora paulista. O folhetim perde apenas para “Chamas da Vida”, que também é de autoria de Fridman, com 253 capítulos, e de “Ribeirão do Tempo”, de Marcílio Moraes, que se encerrou com 250. “Rebelde” e “Os Mutantes”, devido ao fato de terem se dividido por temporadas, não se incluem nesta contagem – mas caso fossem, a primeira teria ultrapassado os 280 e a segunda os 600 capítulos.

O pano de fundo da história de “Vidas em Jogo” foi a reviravolta nas vidas de dez amigos que da noite para o dia se tornaram donos de uma fortuna de R$ 10 milhões – e com direito a outros R$ 10 milhões caso cumprissem missões previamente determinadas. A ambição, os gastos exagerados, as mudanças de comportamento e as tentativas de driblar uma vilã, que almejava toda esta fortuna para garantir a sobrevivência de sua empresa e do bem estar de suas filhas, foram algumas das histórias criadas por Cristianne Fridman no decorrer destes últimos doze meses.

Apesar de contar com várias cenas de ação, perseguição, mortes, explosões e sequestros, “Vidas em Jogo” também trabalhou com vários outros temas e assuntos polêmicos. A AIDS, a forma de contágio, a diferença desta com o vírus do HIV, por exemplo, foi uma história trabalhada com os personagens Cleber (Sandro Rocha), Regina (Beth Goulart) e Andrea (Simone Spoladore).

Os rumos de Wellington (Rick Tavares), um jogador em ascensão e que caiu nas drogas pelo uso do crack, também foi abordado. A discussão do preconceito com transexuais, na figura de Augusta (Denise Del Vecchio); a traição em um casal (Severino, de Paulo César Grande, e Divina, de Vanessa Gerbelli); um triângulo amoroso adolescente, com Daniel (Guilherme Prates), Cacau (Marcela Barrozo) e Wellington (Rick Tavares) e a inserção de jovens sem perspectiva ou em meio ao tráfico de drogas no futebol (com Paulinho, de Sérgio Malheiros, e Sandro, de Breno Guedes) foram outros dos assuntos que foram tratados neste tempo.

Cristianne Fridman teceu alguns comentários e fez um balanço de “Vidas em Jogo”. Ela falou sobre a longa duração do folhetim, os rumos dados a ela para os personagens e a repercussão negativa que isso poderia causar.
A roteirista, entretanto, se esquivou sobre um questionamento feito sobre o futuro de sua carreira profissional. Há fortes rumores que indicam que “Vidas em Jogo” foi a última novela de Fridman na Record e que o retorno da autora à Globo é iminente. O boato nunca foi confirmado por ela – mas também jamais negado. Confira:

Como você avalia "Vidas em Jogo" como um todo? Qual é o saldo após mais de um ano de novela em produção e um ano no ar?
Gostaria que a novela tivesse um número menor de capítulos porque não é fácil conduzir uma trama por 244 capítulos. No entanto o saldo foi positivo, principalmente pelo retorno do público para com o elenco.

Devido ao longo tempo no ar, "Vidas em Jogo" pode dar espaço a todos os atores em determinados momentos. Houve alguma surpresa com a atuação de algum deles?
O elenco deu um show nesta novela! Sou muito grata a todos eles.

Em "Bicho do Mato" e em "Chamas da Vida", atores não tão conhecidos foram projetados a papéis decisivos e o mesmo se repetiu em "Vidas em Jogo", como Tati Zig, Adriano Petermann e Alexia Garcia. A que se deve essa linha?
São atores que demonstraram talento para crescer com os personagens na trama.

Algumas mortes em "Vidas em Jogo" foram questionadas, como a de Sandro e Firmina. No caso do Sandro, você não acredita que a morte dele fez como que as pessoas deixassem de acreditar em uma vida correta após o tráfico? E no caso de Firmina, a morte dela não desencoraja as pessoas mais pobres a contribuir com a Justiça?
O Cleber morreu da forma mais trágica para o personagem: um bandido, machista, sendo morto por um homossexual. A Firmina morreu pela tentativa da Rita de se livrar de uma condenação. Acho que a sua pergunta traduz uma certa patrulha do politicamente correto que ronda as telenovelas. Na vida real um traficante pode não se regenerar e viver honestamente, bem como uma testemunha pode ser assassinada.

Você tem contrato com a Record até 2014. Existe algum projeto em mente para os próximos dois anos e para após o término do contrato?
Meu contrato vence em 2014 e até lá estou à disposição da Record.

Fonte: Na Telinha

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