Considerado o melhor lutador de MMA da
história, Anderson Silva pode ter pose de durão quando a jaula do UFC é
fechada, mas fora dela tem uma imagem bem mais amistosa, sendo fã declarado de
dança, usuário de cremes de beleza e dono de uma famosa voz fina. O campeão dos
médios do Ultimate abriu o jogo sobre mais deste seu lado B em entrevista à
Playboy de setembro, detalhando aspectos de sua história., como sua primeira
experiência sexual, aos 17 anos, e até admitindo: “muitas pessoas acham que sou
gay”.
O assunto sexo apareceu quando Anderson
contou sobre as aulas de balé que tomou quando era garoto, uma espécie de
castigo imposto pela tia que o criou em Curitiba (PR). O lutador afirmou que
odiava este tipo de dança - depois ele ficaria famoso por imitar Michael
Jackson na entrada do ringue. “Quando eu saia de casa, meus amigos diziam: ‘vai
pro balezinho, vai pro balezinho’. Era aquela zoação. E aí eu comecei a me
interessar pelo sapateado, fiz um pouco também”, contou ele, que praticou balé
por oito meses.
Isso levou a uma questão sobre a sexualidade
de Anderson, que foi perguntado se já teve dúvidas de sua opção. Ele negou, mas
admitiu que muitos pensam o contrário. “Eu, não, mas várias pessoas têm até
hoje (risos). Muitas pessoas acham que eu sou gay”, disse o brasileiro.
Anderson então contou que brincava de boneca
com a irmã e suas primas até os 14 anos. “Eu ficava em casa com minha irmã
brincando de boneca com ela. Penteava as bonecas. Normal. Eu botava tamanco,
usava vestido. Brincava na boa. Eu tinha as minhas brincadeiras com a minha
irmã e tinha as minhas brincadeiras, com meus bonecos, Comandos em Ação,
Falcon...”, revelou.
Considerado por ele próprio um jovem feio,
Anderson detalhou sua primeira experiência sexual. “Eu tenho de falar mesmo
isso? (risos) Eu tinha 17 anos, cara”, disse ele, que negou que tenha deixado a
virgindade tardiamente. “Porra, eu era o patinho feio da turma! Se a minha voz
é assim, imagina antes... (risos).”
“Eu era escoteiro da Igreja Messiânica. A
gente teve um acampamento e os homens ficavam separados das mulheres. As
escoteiras ficavam muita longe da gente. Tinham os monitores e tal. A gente fugiu
do nosso acampamento. E aí aconteceu, mas foi uma coisa tão ruim. Foi tão
rápido. Meus amigos fora da barraca enchendo o saco. Foi horrível, foi
horrível. Mas foi bacana, engraçado. Acho que de repente nem aconteceu nada”,
contou o Spider, sobre o ato com "torcida" por perto, ao lado da
barraca em que estava.
Homossexualidade
nas lutas - Ainda
no tema sexo, Anderson falou do que vê dentro do mundo das lutas e disse que a
homossexualidade existe normalmente, apesar de ele afirmar não conhecer nenhum
competidor do UFC que seja gay.
“Não conheço nenhum boiola (no UFC). Mas deve
ter. Claro que tem”, disse ele. Sobre outros casos, ele admitiu que já ouviu
muitas vezes. “Vários casos. Na época em que dava aula em Curitiba, eu tinha
uns seis alunos de jiu-jítsu que eram boiolas. Que eram não, que são. Normal.
Profissionalmente os caras são supermachões. Acho, e até brinco muitas vezes,
que o mundo é gay. O meu, não, mas o mundo é gay. Não tenho nada contra, cara.
Acho que a gente tem de saber respeitar a individualidade de cada um, assim
todo mundo consegue viver bem, na boa, sem um atrapalhar o outro.”
Fonte: UOL
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