sábado, 8 de setembro de 2012

Incesto em ‘Máscaras’ foi pegadinha!


Em 'Máscaras', Martim (Heitor Martinez) sofreu um choque quando descobriu que não é irmão de sangue de Maria (Miriam Freeland), mas também ficou aliviado. Como sempre sentiu atração pela esposa de Otávio (Fernando Pavão), agora ele ficou mais aliviado em relação aos seus sentimentos. Mas até que esta parte da trama fosse desvendada, o que passou pela cabeça de todos foi que a trama da Record trataria do um polêmico tema: o incesto.

De acordo com o autor Lauro César Muniz, desde o começo do folhetim ele já havia definido que os dois personagens não seriam irmãos, o que o deixou livre para tratar do assunto. "Coloquei a Olívia, uma agregada à família, para revelar mais adiante que Martim não era irmão de Maria. Com isso, do ponto de vista estritamente biológico, a relação dos dois não configurava uma agressão. Foi um jogo de ação em que se blefa com o público, gerando expectativa e indignação", explica.

O novelista também contou ao Folhetim que os atores envolvidos e a emissora já sabiam que isso aconteceria. "Não houve em nenhum momento uma consumação dessa relação, mesmo por que Martim e Maria cresceram como irmãos. A relação mais espiritual do que sanguínea impediu que Maria cedesse aos impulsos de Martim", diz.


Mesmo que o incesto tenha sido uma "pegadinha", Lauro comentou com o blog que pode-se tratar do assunto com bom gosto. "Várias grande obras da literatura, teatro e cinema abordaram o tema com riqueza e beleza. Tal é o caso de "Os Maias", de Eça de Queiroz, ou do filme "Vagas Estrelas da Ursa Maior", de Luchino Visconti. E acima de todas essas obras está a maior tragédia grega, obra prima do teatro: Édipo Rei de Sófocles, que inspirou Dias Gomes a criar Mandala", lembra o escritor, que, na época, auxiliou o roteirista Marcílio Moraes durante três semanas.

Quando questionado sobre as cenas de acão de 'Máscaras', que parecem ter ganhado mais destaque com o passar do tempo, o autor deu o crédito à nova direção do folhetim. "A história policial esteve presente desde o primeiro capítulo. O que houve foi uma clara melhoria com a mudança na direção. Edgard Miranda assumiu por volta do capítulo 50 e os personagens garanharam brilho, verdade. A imagem e a produção melhoraram muito e isso dá a impressão de que o texto também. Na verdade, o texto, anteriormente, estava abafado por uma direção equivocada e implantação tumultuada dos capítulos iniciais", critica.

Já a ideia de investir em uma história policial surgiu do sucesso de outro trabalho seu, conta o escritor. "Fiquei animado, depois da boa receptividade de Poder Paralelo", finaliza.

Em tempo: 'Máscaras' será a última novela de Lauro César Muniz.

Fonte: Yahoo

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