sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Adriana Esteves: nada como um dia depois do outro


Quem vê Adriana Esteves arrasando como Carminha (tudo bem, ela também arrasou em "Torre de Babel", em "Cravo e a Rosa" e em "Dalva e Herivelto") nem sequer se lembra da pobre e ninfeta baiana Mariana de "Renascer" (1993), novela que, por ironia do destino, voltará a ser reprisada no canal Viva em novembro, quase um mês depois do fim de "Avenida Brasil", como já foi noticiado.

Lá no começo de 1993, Adriana nem imaginava o que estava por vir. A trama do ótimo Benedito Ruy Barbosa conquistou o público logo no início. Bastou a segunda fase da trama iniciar, para Adriana entrar e começar uma enxurrada de críticas negativas. O folhetim era muito elogiado, mas à atriz só era reservado tudo de ruim: atuação pífia que não condizia com a trama de Benedito. Foi um exagero que contribuiu para a artista entrar em uma fase nebulosa que resultou numa depressão (de quase dois anos).

"Não lembro das críticas que fizeram na época. Já faz tempo. E não acho que isso tenha afetado o trabalho dela em 'Renascer'. Não acompanho muito 'Avenida Brasil', mas, do pouco que vi, Adriana está muito bem. As críticas também são muito positivas", disse a escritora Edmara Barbosa, filha de Benedito, que colaborou com o pai na novela.  A sempre ótima Edmara pode não se lembrar, mas muita gente não esqueceu porque, assim como muitas pessoas na época, eram fãs de "Renascer".

Vale lembrar até (e o público poderá conferir quando a novela for reprisada novamente_ e o pleonasmo é necessário porque o folhetim já esteve no Vale a Pena Ver de Novo) que assim que as críticas se tornaram mais acentuadas, a Mariana de Adriana, de repente (?), foi perdendo espaço na história, pouco aparecia. E isso para uma personagem que era vital na trama: despertou o amor no protagonista da história, vivido por Antônio Fagundes, e em seu filho caçula (Marcos Palmeira).  Os dois nunca se deram bem porque o primeiro amor de José Inocêncio (Fagundes) morreu durante o parto do caçula. A chegada de Mariana só fez piorar (e muito) a relação.

A novela passou, Adriana demorou para se recuperar, mas não deixou de atuar na TV. Muitos diretores e autores acreditaram nela e lhe deram novas chances. E ela, que já tinha feito um ótimo trabalho em "Pedra sobre Pedra", voltou a arrasar em outras tramas. Vieram "A Indomada", "Torre de Babel", "O Cravo e a Rosa", "Senhora do Destino" (ela foi  a Nazaré jovem), "Dalva e Herivelto", entre tantas outras, até chegar a Carminha, ou melhor "Avenida Brasil" (curiosamente, ela nunca mais fez uma novela de Benedito...). Nada como um dia após o outro.

De qualquer forma, a trama de João Emanuel Carneiro foi dela, dava até para virar uma série, mas seria demais (e não seria culpa da Rita!). Adriana foi tão bem que a novela deveria terminar com uma cena que fez muita gente rir. Logo depois que a loira quase enterrou Nina viva, ela comemorou com Max como se estivesse num estádio de futebol ao bradar de braços abertos: "Carminha! Carminha!". Precisa dizer mais?

Só uma coisa. Claro que estatura de Adriana ajuda, mas já reparam que quase sempre suas personagens tem o "inha" no final? Ela estreou em "Top Model" como Tininha,  foi a Sandrinha de "Torre de Babel",  a Amelinha de "Coração de Estudante", a Celinha de "Toma Lá Da Cá"... Carminha! Carminha!

Fonte: Yahoo

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