segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"Guerra dos Sexos": a disputa está de volta


Uma das novelas mais famosas das sete voltará a ser destaque na telinha a partir desta segunda-feira (01). A exitosa “Guerra dos Sexos” ganha uma nova leitura de Silvio de Abreu, quase 30 anos após sua exibição original.

Os telespectadores voltarão a acompanhar uma das guerras mais antigas da sociedade: a divertida disputa entre homens e mulheres, repleta de implicâncias, rixas e combates de superioridade. E, no meio de tamanha confusão, não faltarão pares românticos.

A nova versão do folhetim contará com Tony Ramos e Irene Ravache nos papeis de Otávio II e Charlô II. Os personagens são uma espécie de releitura de Otávio I e Charlô I, imortalizados pelo saudoso Paulo Autran e pela veterana Fernanda Montenegro.

Lados Opostos - A idade nunca foi problema para Charlote (Irene Ravache). Charlô, como é conhecida, adora pilotar carro, motocicleta e avião, além de praticar aulas de paraquedismo. Alegre e destemida, a protagonista se envolve em aventuras amorosas e só perderá o bom humor na presença de seu primo, que insiste em chamá-la de Cumbuqueta.

Mas Charlô devolve o apelido à altura. Seu primo, Otávio (Tony Ramos), é apelidado por ela de Bimbinho. Ele, um homem sexagenário, é medroso, cheio de manias e de hábitos poucos saudáveis. Preguiçoso, ele só será visto com disposição na hora de argumentar sobre as vantagens de ter nascido homem. No passado, eles tiveram um romance e chegaram a ficar noivos. O casório só não saiu do papel, pois Charlô jamais aceitou a postura machista do primo e ele nunca se rendeu à possibilidade de se casar com uma feminista.


Unidos? Jamais! - Os dois primos tomarão um susto no momento em que for divulgado o testamento dos tios Charlô I (Fernanda Montenegro) e Otávio I (Paulo Autran), falecidos após um infarto duplo durante uma prolongada noite de amor. O testamento determina que a mansão e a rede de loja Charlô’s devem ser divididas igualmente entre os dois, sem poder ser vendida. Sobrará para a governanta Olívia (Marilu Bueno) ter que aturar uma nova guerra dos sexos. Depois de anos servindo ao excêntrico casal da versão original, agora será a vez de trabalhar para os herdeiros.


Movimento na mansão - A casa da discórdia será bastante movimentada. Felipe (Edson Celulari), apesar de não morar no local, sempre irá visitar Charlô, sua mãe adotiva, e as filhas Juliana (Mariana Ximenes) e Analu (Raquel Bertani), que moram com a avó. Para infelicidade de Charlô, o filho é o braço-direito de Otávio e tem a mesma personalidade do tio. Da mãe, herdou apenas a paixão por relacionamentos amorosos. O personagem coleciona ex-mulheres e já foi proibido pelo tio de casar-se novamente.

A caçula de Felipe, Analu, é tão confusa e inconsequente como o pai. Em pleno dia do casamento, desistiu do noivo Kiko (Johnny Massaro) e fugiu da mansão. Já sua irmã Juliana (Mariana Ximenes) é bem diferente. Conhecida por sua competência, ela é chefe de departamentos da Charlô’s. Bem sucedida, é o orgulho da avó e sua fiel escudeira. De postura firme, ela desperta a atenção dos homens, inclusive de Nando (Reynaldo Gianecchini), o motorista da família.

O rapaz é o confidente do patrão Otávio. De porte atlético, Nando não faz ideia do impacto que causa nas mulheres. Porém, o que ele queria mesmo era conquistar a bela Juliana. Nando opta por ficar na sua, por acreditar não ter a menor chance com ela.


Amor proibido de filha... - Juliana não tem olhos para Nando, assim como não tinha para Fábio (Paulo Rocha), fotógrafo e ex-secretário de Felipe. Porém, com o tempo, a amizade virou amor. Só que já era tarde demais, pois quando os pombinhos perceberam o sentimento, Fábio já era casado com Manuela (Guilhermina Guinle). E é essa tristeza que Juliana carrega: a culpa de se relacionar com um homem casado e de não tê-lo só para si.


Manuela é uma mulher rica, sofisticada e difícil. Adora fazer inveja nas amigas ao posar ao lado do bem sucedido marido. Fútil, ela não dá atenção à pequena Ciça (Jesuela Moro). Em meio ao temperamento da esposa, Fábio sonha assumir o amor por Juliana.Enquanto esse dia não chega, o casal mantém o romance em segredo. Para isso, eles posam como inimigos mortais na frente de todos. Já sozinhos, vivem encontros românticos. Além disso, Juliana aproveita as investidas do ex-noivo Ronaldo (Jesus Luz) para disfarçar seu amor por Fábio. Já ele, finge paquerar as belas modelos da loja.

... amor proibido de pai - Quem dá em cima das funcionárias da loja, na verdade, não é Fábio e sim Felipe. Irritados com a postura dele, Charlô e Otávio decidem proibir relacionamentos entre funcionários da rede de lojas. Em caso de descumprimento, a multa é a demissão. Mas nem isso intimidará o filho adotivo de Charlô. Felipe não conseguirá resistir à beleza estonteante de Vânia (Luana Piovani). Por onde passou, a bela sempre foi assediada. Quando chegou à loja da família Alcântara, ela primeiro despertou a atenção de Otávio. Mas foi o jeito displicente de Felipe que a conquistou.

Felipe e Vânia levam uma relação discreta. Tudo porque a moça não quer perder o cargo de executiva na loja. Para todos, diz que não pretende casar e ter filhos. Mas, ela ficará em uma situação complicada, quando começar a se envolver com Ulisses (Eriberto Leão), um carregador da loja, que sonha em casar e formar família.

Casal de bom coração - Além da mansão, outro destaque de “Guerra dos Sexos” será o núcleo da Vila Mooca. Lá vive a família de Dinorah Carneiro (Fernando Eires). Com nome de mulher, Dinorah, ou melhor Dino, é casado com Nieta (Drica Moraes). Ele é contador da Polistano, uma confecção de propriedade do cunhado Vitório (Carlos Alberto Ricceli). Honesto, o contador passará por uma difícil situação a partir do momento em que aparecer uma oportunidade de crescer na vida por meio de vias obscuras.


Já Nieta, ao contrário do marido, é amargurada. Para ela, conviver com a pobreza é algo insuportável. Para ajudar no sustento, ela vende marmita e até canudinho de coco na feira. Os dois vivem com a filha Carolina (Bianca Bin) e com o irmão de Nieta, Nenê Stallone (Daniel Boaventura), um quarentão que adora malhar e está à procura da mulher perfeita para dar o golpe do baú. Num certo momento, Nenê conhecerá Charlô e despertará o ciúme de Otávio.

Lobo na pele de cordeiro - Carolina (Bianca Bin) é a filha do casal. A garota se faz de boazinha, mas no fundo quer arrumar um emprego nas lojas Charlô’s para roubar o cargo de Juliana (Mariana Ximenes) e conquistar Fábio (Paulo Rocha). Enquanto a oportunidade não chega, ela namora o ingênuo Ulisses, carregador da Charlô’s e aspirante a campeão de MMA.


Tragédia em vez de festa - A fuga de Analu (Raquel Bertani) do casamento com Kiko (Johnny Massaro) causou vários transtornos para a quase sogra da garota, Roberta (Glória Pires). A cerimônia acabou se transformando em uma grande tragédia. O pai do noivo e marido de Roberta, Vitório Leone (Carlos Alberto Ricceli), ao se decepcionar com o cancelamento da união, teve um infarto fulminante e morreu ali mesmo. Um desastre para Roberta, que formava um casal quase perfeito com o marido há 20 anos. Enquanto ele era o responsável pelo sucesso da empresa de roupas esportivas Polistano Sport Club, ela era uma excelente anfitriã, que organizava os grandes desfiles da marca.

Começa a confusão - A vida de Roberta se complicou após a morte do marido. Ela encontrou resistência dos diretores da fábrica em aceitar sua decisão de assumir a presidência da Polistano. No entanto, ela nunca se deixou abater, principalmente quando descobriu que Otávio (Tony Ramos) estava exigindo parte das ações da empresa.


Na verdade, o casamento entre Analu e Kiko era um acordo entre Otávio e Vitório. Além de uma grande quantidade de dinheiro que deveria ser embolsada pelo marido de Roberta, o acordo previa que Otávio receberia parte das ações da Polistano. Tudo porque o personagem de Tony Ramos pretendia ter mais poder dentro da Charlô’s, já que a Polistano era a fornecedora exclusiva da rede de lojas.

Vitório chegou a receber o dinheiro, porém, misteriosamente, tanto a grana como os recibos desapareceram na tarde do casamento, ficando o dito pelo não dito. Enquanto Otávio acusa Roberta de não entregar sua parte, a viúva acredita que Otávio está blefando sobre o pagamento.

Empresa instável - Com esse cenário, começam as disputas acaloradas. Otávio quer cancelar o contrato de exclusividade com a Polistano e cedê-lo a outra marca. Roberta tenta se reunir com Otávio, mas sem êxito. Os problemas avançam na loja e Otávio cancela o desfile da próxima coleção, que havia sido idealizada pela prima Charlô. Revoltada, Roberta resolve mover processo contra a rede de lojas. Já Felipe consegue convencer os executivos da empresa de que a Polistano perdeu qualidade, principalmente por ser comandada por uma mulher.


O que ninguém esperava é que em meio a toda essa disputa, Charlô é avisada por Juliana (Mariana Ximenes) sobre os problemas na loja e resolve voltar à cena para administrar a empresa. Com disputas de todos os lados e muitas picuinhas, a rede passa por instabilidade.

A guerra dos sexos é declarada - A possível solução para os problemas da empresa é firmada em uma aposta entre Charlô e Otávio. Um deles terá que abrir mão de sua parte na rede em um arriscado jogo de 100 dias, período em que Charlô e sua equipe terá para elevar o lucro da loja. Se falhar, ela reconhece sua incompetência e a superioridade dos homens e abre mão de sua parte. Mas se vencer, quem perde tudo e assume ser um fracassado é Otávio.

De um lado, Otávio e Felipe (Edson Celulari) tentam trapacear a qualquer custo. Do outro, Charlô, Juliana (Mariana Ximenes), Vânia (Luana Piovani) e Roberta (Glória Pires) unem forças para se superarem. E no final dessa disputa, quem levará a melhor? Os homens ou as mulheres? Está declarada a Guerra dos Sexos!

Experientes quando o assunto é humor

Silvio de Abreu está de volta à faixa das 19h da Globo. Conhecido por escrever suspenses e tramas policiais, em “Guerra dos Sexos” o novelista volta a apostar no humor, que o consagrou na mesma faixa na década de 80.


Abreu ingressou na TV como ator e interpretou personagens em oito novelas. Em 1977, assinou seu primeiro folhetim, “Éramos Seis”, na TV Tupi. Desde então, foi autor de vários sucessos como “Guerra dos Sexos” (1983), “Sassaricando” (1988), “Rainha da Sucata” (1990), “A Próxima Vítima” (1995) e “Belíssima” (2005).

O diretor Jorge Fernando também é outro especialista em novelas com pitadas de humor. Assim como Abreu, estreou na telinha como ator. Em 1980, foi convidado para dirigir “Coração Alado”. Desde então, dirigiu tramas como “Guerra dos Sexos” (1983), “Brega & Chique” (1987), “Deus nos Acuda” (1992), “Vira-Lata” (1996), “Caras & Bocas” (2009) e Ti Ti Ti” (2010).

Ficha técnica

Original de Silvio de Abreu
Releitura de Silvio de Abreu
Direção Geral e de Núcleo de Jorge Fernando
Direção de Ary Coslov, Marcelo Zambelli e Ana Paula Guimarães

Elenco
Irene Ravache– Charlote II, a Cumbuqueta
Tony Ramos – Otávio II, o Bimbinho
Antonia Morais – Leda
Bianca Bin – Carolina
Carlos Alberto Ricceli – Vitorio
Daniel Boaventura – Nenê
Debora Olivieri – Semíramis
Drica Moraes – Nieta
Edson Celulari – Felipe
Eriberto Leão – Ulisses
Fernando Eiras – Dinorah, o Dino
Glória Pires – Roberta
Guilhermina Guinle – Manoela
Jesuela Moro – Ciça Marinho
Jesus Luz – Ronaldo
Johnny Massaro – Kiko
Luana Piovani – Vânia
Marcelo Barros – Montanha
Mariana Armellini – Afrodite, a Frô
Mariana Ximenes – Juliana
Marilu Bueno – Olívia
Mayana Moura – Veruska
Paulo Rocha – Fábio
Raquel Bertani – Analu
Reynaldo Gianecchini – Nando
RonnieMarruda – Baltazar
Thais Portinho – Divina
Thalita Lippi – Lucinele
Thiago Rodrigues – Zenon

Fonte: Na Telinha

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