Confira quais novelas tinham tudo para ser um
arraso, mas tiveram finais frustrantes.
Se você é um daqueles que acredita que no fim
tudo dá certo, é melhor rever este conceito quando o assunto é novela. Isto
porque, muitas vezes, o fim da trama é o pior capítulo. Algumas novelas acabam
pior que ovo estalado no chão e nos deixam na mão. Assim, não é difícil criar
uma lista dos piores finais de folhetins de todos os tempos. Se de um lado,
temos ótimas novelas com finais fabulosos, como "Belíssima", "O
Rei do Gado", "Éramos Seis" e "Terra Nostra", do
outro, temos novelas que prometeram, mas entregaram finais extremamente fracos.
Quando o caldo desanda, o que era para ser um ótimo final acaba entrando para a
história como um daqueles episódios que nem deveriam ter ido ao ar!
"Fina
Estampa"
(2012) - Tratando-se de TV, quando mais alta for a subida, maior poderá ser a
queda. Assim foi o caso de "Fina Estampa", novela de Aguinaldo Silva
que atraiu bastante atenção durante sua exibição, mas que acabou decepcionando
no último capítulo. Personagens esquecidos e a estranha volta de Tereza
Cristina (Christiane Torloni) para assombrar Griselda (Lilia Cabral) foram
apenas alguns dos pontos difíceis de entender. Clichês e redundâncias também
deixaram o final da novela com cara de trama mexicana de baixo orçamento. Mas
ainda assim aprendemos uma lição: se a novela for muito popular, um fim ruim
chamará muito mais atenção do que se a novela tivesse sido medíocre desde do
início.
"Paraíso
Tropical"
(2007) - O suspense ajuda a esquentar muito uma trama. E quando a novela tem em
um suspense do tipo "quem matou Odete Roitman", a audiência pode ser
ainda maior. O único problema neste tipo de folhetim é quando o assassino é o
personagem mais óbvio. Assim foi o caso de "Paraíso Tropical", novela
de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, em que a revelação do assassinato da
gêmea má, Thais (Alessandra Negrini), deixou a desejar. O problema aqui foi a
falta de surpresa para o telespectador, pois Olavo (Wagner Moura) já era o
vilão da novela. Outro ponto interessante é que a cena final de Olavo relembra
muito a morte de Laura no final de Celebridade (2004).
"Zazá" (1998) - Algumas
novelas têm tudo para ser uma boa comédia, mas não chamam muita atenção e até
vão parar no esquecimento. Assim aconteceu com a novela "Zazá",
escrita por Lauro César Muniz, então na Globo, hoje autor da novela
"Máscaras" da Record, que contava a história de uma herdeira fictícia
de Santos Dumont , Zazá (Fernanda Montenegro) e seus 7 filhos. Trata-se de um
clássico exemplo de final aguado e prolongado. Uma busca rápida na internet vai
revelar que muitos internautas reclamam até hoje da suposta adição de 50
capítulos à trama. Para eles, esse acréscimo de água na trama prejudicou-a e
fez com que a personagem Zazá ficasse até desmemoriada.
"O
Clone"
(2001) - Considerado um sucesso da teledramaturgia brasileira, a novela "O
Clone" também deixou a desejar no último capítulo. Não por algum erro
técnico crasso ou algum problema de continuidade, mas sim pelas explicações um
pouco incompletas e o uso extremo de clichês. Uma destas explicações foi o
desaparecimento do clone "Leo" (Murilo Benício) e do Dr. Albieri
(Juca de Oliveira) no deserto. O ponto aqui é que embora a novela também
pudesse ser eternamente lembrada pelo seu final, vai ficar na memória pelo seu
enredo.
"Caminho
das Indias"
(2009) - É verdade que um dos problemas de "Caminho das Índias" era a
sua extrema semelhança a outra trama de Gloria Perez, "O Clone".
Vários elementos da primeira trama pareciam se repetir na segunda, como o fato
da novela se passar em um país estrangeiro, ou da protagonista Maya (Juliana
Paes) estar dividida entre dois homens em países diferentes e assim por diante.
É bem verdade que, ao contrário de vários outros autores, nas novelas da Gloria
Perez a maioria dos personagens recebe um final, ninguém fica esquecido. Mas,
algo que certamente desagradou muitos fãs foi a cena em que Maya encontra Raj
(Rodrigo Lombardi) às margens do Rio Ganges. Lá, sete meses de drama acabam em
sete segundos e vimos até a Maya se transformar de uma mulher sem marido,
maquiagem e jóias em uma madame indiana mais adornada do que uma árvore de
natal. É verdade que a maior parte do orçamento das novelas é gasto no início,
mas os canais podem começar a caprichar um pouco mais nos últimos episódios.
"A
Favorita"
(2009) - O final de "A Favorita" é considerado por alguns como ruim e
por outros como ótimo. Esta disparidade em opiniões só acontece porque a novela
teve dois finais, um quando descobre-se que Flora (Patrícia Pilar) é a vilã e
não Donatela (Claudia Raia). A revelação da vilã concedeu recorde de audiência
à Globo, assim como a reviravolta em "Avenida Brasil", do mesmo autor
(João Emanuel Carneiro). Como o público está acostumado a ter as revelações no
final da trama, entregá-las antes aumenta a demanda por um final espetacular e
que muitos autores não entregam.
"Vidas
em Jogo"
(2012) - Se na novela "Paraíso Tropical", da Globo, o problema foi o
assassino ser muito óbvio, em "Vidas em Jogo", da Record, a situação
foi a inexistência do assassino. O palhaço foi uma farsa. Depois de 243
capítulos, o telespectador descobriu que o tal Palhaço assassino não passava de
um plano dos participantes do bolão para evitar a própria morte. Outro ponto relevante
para a criação de um final muito questionado foi o fato de ninguém ligar que
uma pessoa querida havia fingido a própria morte. Além disso, fingir a própria
morte é crime!
Fonte: Yahoo
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