A Record realizou e continua fazendo uma
readequação em seus interiores, que implicou na dispensa de alguns funcionários
e remanejamento de outros.
Está no direito dela. Cada um sabe onde o
calo aperta e toma as atitudes que melhor lhe convém para continuar tocando o
seu dia-a-dia. Guardadas as devidas proporções todos agimos ou deveríamos agir
desta maneira.
Mas tem também a Record a obrigação de agora,
e de uma vez por todas, se tornar e se comportar como toda e qualquer emissora
comercial – e por emissora comercial entenda-se aquela que não vive à custa de
ninguém. Sobrevive pura e simplesmente da venda dos seus espaços.
Não atende nenhuma lógica, para uma TV nessas
circunstâncias, iniciar todo um processo de enxugamento, com dispensa de
pessoal, se não há abertura de intervalos comerciais. E este é o caso da
Record, de muito tempo. Vários dos seus programas, às vezes com mais de 2 ou 3 horas
de duração, são exibidos com 1, no máximo 2, breaks, ainda assim “escondidos”
em pontos que não prejudiquem a média de audiência. Mas prejudicam o
anunciante.
O dinheiro para atender todas as suas
despesas operacionais só pode entrar através dessas vendas, que devem atender
também os interesses do mercado. É uma via de mão dupla.
Fonte: Flávio Ricco
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