sábado, 15 de dezembro de 2012

Poucas emissoras apostaram em novidades em 2012


No começo de todo ano existe a expectativa que possa ser mais intensa a disputa entre as principais emissoras. Este é um desejo de muito tempo e no início deste 2012 não foi diferente, só que na prática as coisas continuaram exatamente como sempre foram.

Aliás, uma pesquisa recente encomendada pela Bandeirantes, mostrou que, na opinião do público, somente a Globo e ela, Band, cada qual de acordo com as suas possibilidades, se preocuparam em apresentar novidades para o telespectador.

No fechar das cortinas de mais este ano verifica-se que isto foi, mais uma vez e guardadas as devidas proporções, uma grande verdade. Um retrospecto rápido nos coloca exatamente nesta direção.

Se pode fazer restrição a qualidade, ou a falta de, deste ou daquele programa, mas é impossível negar e não reconhecer o empenho, especialmente dessas duas emissoras, em renovar a sua grade e tentar surpreender quem está em casa com alguma novidade. Ao contrário de outras.

Mas, uma a uma, vamos verificar o que aconteceu.

A Rede TV! continua em franca decadência. A situação que já era ruim em 2011, ficou muito pior neste ano que está terminando. Não deram em nada todas as tentativas realizadas na sua grade de programação, e aí se incluem a contratação do Rafinha Bastos e o "Saturday", o lançamento de um novo programa com o Gilberto Barros aos sábados e mais nada. Muito pouco para uma televisão que chegou se anunciando como a que mais crescia no Brasil.
    
A Band começou o ano tirando o "Pânico" da Rede TV! e lançando alguns programas, que mesmo contestados deram um barulho interessante. O "Mulheres Ricas", por exemplo, foi um deles, assim como o "Conversa de Gente Grande", do Marcelo Tas e o "Deu Olé", do Felipe Andreoli, Denílson e Paloma Tocci. Teve também a estreia da Adriane Galisteu, com o "Muito +", que não apresentou "preparo físico" suficiente para aguentar nada além do que dez meses no ar.
    
Para a Record, de modo particular, 2012 está perto de ser um ano para ser esquecido. Se coube a ela o privilégio de transmitir, pela primeira vez, com exclusividade uma Olimpíada na TV aberta, nos demais setores da sua programação as coisas sempre estiveram muito difíceis. Na teledramaturgia, citando como boa exceção a minissérie "Rei Davi", nada de mais interessante aconteceu. Ao contrário, foram muitas as desilusões. Entre as tantas, "Máscaras", do Lauro César Muniz, pela expectativa que existia em cima dela e por todos os outros motivos que se pode imaginar. "A Fazenda" ficou naquilo das edições anteriores e a perda da vice-liderança para o SBT foi só uma simples consequência da imensa quantidade de erros cometidos, entre eles, o desespero da sua direção em, a todo instante, mexer com a programação. "Rebelde", por exemplo, chegou ao cúmulo de quase 60 trocas de horário. Nada resiste a uma insanidade deste tamanho.

Mas há controvérsias se houve merecimento do SBT em retornar ao segundo lugar. Por méritos próprios, com toda certeza, não foi. A aposta maior está em cima da incompetência das demais concorrentes. Ou na aposta do arquivo e tudo mais que existe de velho que um dia deu certo, com destaque para a uma nova produção de "Carrossel", reprises de antigas novelas na faixa da tarde e, agora, a volta do Bozo. No mais é o mesmo SBT de antigamente. Tivesse televisão cheiro, certamente o dela seria de naftalina.
    
A Globo, que agora alavanca a sua temporada com o BBB, teve um 2012 de experiências muito boas e outras nem tanto. A velha tática de não mexer em time que está ganhando foi novamente utilizada em muitos casos, como no jornalismo e na própria linha de shows. Em todas as faixas, as novelas, mesmo em casos de altos e baixos, continuaram na liderança, com destaques para "Cheias de Charme" e "Avenida Brasil".

Foram imbatíveis os seus telejornais, as transmissões do futebol e programas, como "Fantástico", "Domingão", "Caldeirão", "Mais Você", "Vídeo Show" e por aí afora.

E a eles se juntaram, como novidades, o "Encontro", da Fátima Bernardes, o bom e interessante "Na Moral", do Pedro Bial - que nos leva a esta rima horrorosa e o lançamento do "The Voice Brasil".

A grande baixa ou maior desilusão, indiscutivelmente, foi o "Casseta", que não mostrou porque voltou. Uma decepção.

É a televisão de 2012, na sempre expectativa de um ano melhor pela frente.

Fonte: UOL

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