É preciso saber até que ponto os comerciais
da TV atingem de maneira saudável o seu público-alvo e o momento em que podem
despertar algum tipo de antipatia.
Hoje, dois bancos e uma marca de cerveja em
especial disputam qual deles é o mais insistente. A cada break, nas principais
emissoras, a mesma mensagem dos três chega a ser repetida mais de uma vez.
Basta assistir a um capítulo de novela, filme ou telejornal, que no meio do
intervalo lá vem de novo o mesmo comercial do mesmo produto. É de matar. A
mesmice, se alguém ainda desconhece, invariavelmente leva qualquer um a repelir
o que está sendo anunciado. O mesmo acontece com a propaganda política. Um
único filme é exibido zilhões de vezes em curto espaço de tempo. Tudo isso
funciona de maneira contrária e tem que ser pensado de forma diferente, porque
a própria audiência é prejudicada. Vale, novamente, lembrar Eduardo Lafon, de
que o telespectador não pode ser contrariado, porque ele se vinga através do
controle remoto. Muda de canal ou simplesmente desliga o seu televisor.
Aquela multidão de gente, a todo o momento,
correndo na praia, como única coisa boa, apenas tem estimulado alguns a, só de
raiva, buscar um copo de leite. Gelado e com espuma cremosa.
Fonte: Flávio Ricco
Nenhum comentário:
Postar um comentário