quinta-feira, 11 de abril de 2013

Governo precisa rever obrigatoriedade da "Voz do Brasil"


A rádio Transamérica – São Paulo teve cassada a sua licença de não levar ao ar "A Voz do Brasil". A comunicação pegou a todos de surpresa na noite de terça-feira. A apresentação do "Papo de Craque" foi interrompida. 

Isso é o tipo da coisa que deveria merecer uma melhor análise por parte das nossas autoridades.

Neste espaço, ainda no último sábado, se falou do lamentável estado em que se encontram as emissoras de rádio, de uma maneira geral. Uma boa parte delas está à beira da falência.

Não existe aqui o desejo de excluir os erros de administração cometidos ou tirar a responsabilidade de ninguém, mas o começo da noite, momento em que muita gente está voltando do trabalho, o rádio foi, é e sempre será a melhor companhia.

É como um horário nobre, propício para aquecer a comercialização e aliviar a situação da maioria, só que truncado pela obrigatoriedade da "Voz do Brasil".

É preciso considerar, ao contrário de épocas longínquas, que o Governo Federal, Senado, Câmara, além dos demais governos e inúmeros outros órgãos hoje possuem canais próprios para se comunicar com a sociedade.

Qual a necessidade, em meio a tudo que existe, de se manter essa cessão de horário?  Uma hora por dia, cerca de 26 por mês e 312 no ano.

No regime democrático que vivemos deveria partir das próprias autoridades, que - acredita-se - sensíveis aos anseios de toda a sociedade, a iniciativa de uma pesquisa sobre o verdadeiro significado da "Voz do Brasil". O que ela representa. E o que justifica a sua existência.

Se algo que foi criado em 1935, tempo do Getúlio, ainda se ajusta aos tempos de agora. E qual, verdadeiramente, é o universo de pessoas que têm interesse na sua transmissão. E, aí sim, ratificar ou alterar o atual estado de coisas.

Trata-se de algo para ontem. Amanhã poderá ser tarde demais.

Fonte: Flávio Ricco

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