sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mateus Solano quer ser amado como vilão


Mateus Solano está pronto para ser odiado, mas também não nega que deseja ser amado como o vilão da próxima novela das 21h, "Amor à vida", de Walcyr Carrasco. O furacão Carminha de "Avenida Brasil" fez escola e o seu Félix segue a linha dos antagonistas sem escrúpulos, excêntrico, louco pelo poder, calculista, mas com uma boa dose de humor. Somando a toda essa complexidade, o personagem é um homossexual não assumido. "Digo que ganhei um parque de diversão particular do Walcyr. Estou com um desafio e tanto nas mãos porque do Félix se pode esperar tudo. Tudo de mal e tudo de divertido", conta o ator.

Félix vai ser o primeiro vilão de fato do ator na televisão e Mateus não esconde a preocupação em acertar o tom. "Dá um certo medo de não passar uma coisa meio caricata, grotesca. Não fiz muitos vilões em toda a minha carreira. O mais mauzinho era o Bôscoli da minissérie "Maysa", que nem era tanto assim. Discordo do Jorge de "Viver  a Vida". Quem roubou a namorada e atenção dos pais durante toda a novela? O Miguel, o outro gêmeo. O Jorge não tinha carisma e na televisão ganha quem tem sedução, mais empatia ", admite.

Para construir o filho mais velho obcecado pelo poder de César (Antônio Fagundes) e Pilar (Susana Vieira), e o irmão dominado pela inveja e pelo ciúme que sente desde pequeno da irmã, Paloma (Paolla Oliveira), Mateus revela a sua fonte de inspiração. "A maldade existe em todo mundo e o ator tem que buscar isso em si. Tenho lido bastante sobre o assunto. O último livro que li foi 'O Efeito Lúcifer'. Também li muito artigos e textos sobre o nazismo, poder e sedução. Vi alguns filmes também. Me preparei para viver esse papal", pontua.

Se a maldade de Felix é propagada e debatida por Mateus Solano, o mesmo não acontece com relação à homossexualidade. "Ele é gay e ponto. O público vai descobrir as coisas sobre a vida mais íntima dele no desenrolar da história. Posso adiantar que Félix se orgulha em dizer que tem uma família de comercial de margarina porque precisa dessa imagem para conseguir seus objetivos", explica o ator que entrega o apelido já recebido nos bastidores: "Entre as gravações, já o chamam de Felixciano". A  brincadeira mescla o nome do vilão com o do deputado federal e presidente da comissão dos direitos humanos da Câmara, Marco Feliciano, que ganhou projeção nacional após fazer declarações consideradas homofóbicas.

O casamento de fachada vai ser marcado pela amizade e cumplicidade com Edith (Bárbara Paz). "É uma relação muito singular, de parceria mesmo. Para o bem e para o mal", explica Mateus, feliz em contracenar mais uma vez com a colega de profissão. "Bárbara é uma querida. E esse é o nosso segundo trabalho juntos, segundo par romântico - o primeiro foi Renata e Miguel, em 'Viver a Vida'. Estou à vontade", confessa Mateus, que não esconde a vontade de contracenar com a mulher Paula Braun, uma judia ortodoxa, Esther, na novela. "Ela vai trabalhar no hospital dos Khoury, vai ser minha funcionária. Ainda não temos nenhuma cena juntos, mas bem que eu queria".

Fonte: UOL

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