segunda-feira, 6 de maio de 2013

Sobre as demissões na Record


Primeiramente, queria prestar minha solidariedade aos funcionários demitidos na última semana pela Rede Record. Segundo, eu queria perguntar: o que está acontecendo com a emissora que parecia que ia longe, mas que não está chegando nem perto?

De uns tempos pra cá, a Record tem dado a desculpa de que vai cortar gastos. E foi essa a justificativa para demissões. Bom, sobre isso, eu queria citar a finada Rede Manchete. Não, não acho que a Record vá falir. Mas a Manchete, como todos sabem, nunca teve uma vida financeira muito boa. Porém, mesmo com crises, Adolpho Bloch nunca chegou a demitir em massa. E o motivo, eu retiro de um trecho do livro “Rede Manchete – Aconteceu, virou história”, de Elmo Framcfort.

“Seu Adolpho, mesmo com as promissárias atrasadas, odiava demitir, não só porque era de ‘coração mole’, mas também porque sabia que naqueles tempos de crise, era complicado um profissional conseguir emprego. Ele sabia que os funcionários tinham família e bocas para alimentar”. O trecho é peculiar porque mostra o seguinte: o dono da Manchete só tinha dinheiro para um ou para os funcionários. Ele sempre decidiu pela segunda opção, porque sabia da responsabilidade. E me parece que a Record se esqueceu dessa responsabilidade. Não é só esse argumento que tenho, falarei mais alguns.

Pelo que eu fiquei sabendo, alguns diretores de emissoras da Record, que também são pastores da Igreja Universal, estão em Jerusalém, com tudo pago. E outra coisa que também ressalvo, é que essa crise na emissora tenha vindo justamente quando a Igreja esteja injetando dinheiro no tal “Templo de Salomão”. E o último é o seguinte: o diretor comercial da Record, Walter Zagari, não disse que a emissora tinha tido aumento em seu faturamento no ano passado? Se teve aumento, como não tem dinheiro?

Me parece que a Record não está sabendo ter uma grande virtude: responsabilidade com o seu empregado, com pessoas, com gente que tem bocas para alimentar. É uma pena que isso venha logo de uma emissora que tenha sua programação destinada ás classes C, D e E. Triste.

Fonte: Gabriel Vaquer, do Na Telinha

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