quarta-feira, 12 de junho de 2013

Fim da banda Calypso seria golpe de marketing


Não foram poucas as vezes que um artista usou de recursos mentirosos para alavancar uma carreira já em pleno declínio. Como declarar a plenos pulmões que vai desistir da vida artística, que a sua banda vai encerrar as atividades, que nunca mais gravarão discos... E fazer exatamente o contrário meses depois.

Pergunte a seus avós quantas vezes o grande cantor Silvio Caldas “abandonou” a carreira para retornar de modo triunfante meses depois. Como esquecer as “turnês de despedidas” do Kiss, do Scorpions, do The Who e tantos outros, picaretagens estas que serviram para que os fãs desesperados desembolsassem quantias absurdas para ver seus ídolos pela última vez, sendo que meses depois estes mesmos grupos reaparecessem na imprensa e, com a maior cara de pau do mundo, negarem o que tinham anunciado por meio de desculpas esfarrapadíssimas, que só convenceram mesmo os fãs débeis mentais.

Este tipo de “estratégia de marketing” vem funcionando bastante nos dias de hoje justamente pela rarefeita capacidade de raciocínio dos fãs e da imprensa em geral. Lembra quando Zezé Di Camargo & Luciano chegaram a discutir no palco e anunciaram a “separação”? Na época, eu já havia levantado esta “lebre” – leia aqui. Mais recentemente, o pavoroso Gusttavo Lima usou do mesmo golpe – leia aqui.

Pois senti o mesmo cheiro de trapaça neste final de semana, quando a internet foi invadida pela noticia de que a “cantora” – hahahahahahahahaha, desculpe, não pude conter o riso de ironia - Joelma anunciou um pretenso fim da Banda Calypso. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!! Desculpe, não pude conter o riso de alegria. Por alguns segundos, vislumbrei um panorama musical brasileiro sem a presença de um dos troços mais insuportáveis da História desta galáxia. Mas foi então que lembrei da velha “estratégia”...

Que a agenda de shows de Joelma, Chimbinha e companhia vinha caindo mês a mês, pouca gente sabia. Que o cachê do grupo havia diminuído consideravelmente por causa disto, menos pessoas sabiam. Só que tudo ficou escancarado e ainda mais desesperador quando Joelma, que é evangélica confessa, externou publicamente à revista Época aquilo que 87,4% dos evangélicos pensam a respeito da homossexualidade: que ser homossexual é como ser um drogado. Até que ela ‘pegou leve’, já que, salvo honrosas exceções, para a grande maioria dos evangélicos a homossexualidade é uma doença, um castigo de Deus, coisa do diabo ou as três possibilidades juntas. Muita gente vai ficar incomodada com o que escrevi, mas é a verdade.

Depois destas desastrosas declarações, Joelma e sua turma viram a agenda de shows cair praticamente a zero, o projeto do filme mostrando a trajetória da cantora com a banda foi abortado. Os convites para aparecer na TV foram totalmente cancelados... Joelma foi tratada como pária da sociedade, a ponto de ter que vier a público e pedir desculpas por meio de um vídeo. De nada adiantou. O estrago estava feito e era irremediável.

Agora, pense bem: o que poderia fazer uma cantora que vê os shows de seu grupo minguarem, a exposição na chamada “mídia positiva” passar a ser inexistente, os cachês reduzidíssimos e tudo mais? Usar a famosa estratégia “vamos encerrar a carreira” é uma possibilidade bem atraente, não? Melhor ainda: que tal unir isto a uma declaração que a joga diretamente nos braços do público que não só concorda com o teor de suas declarações infelizes, como professa a mesma “orientação”?

Pois é... Joelma já declarou durante um show no final da noite de sábado passado em Recife que vai ingressar na carreira gospel após o “fim” da Banda Calypso, que só deverá ocorrer no ano que vem por conta dos “shows já agendados”. O empresário do grupo já até adiantou que a “cantora” vai se dedicar ao novo “estilo” somente em 2015. Bastante conveniente, não? Dá tempo suficiente para agendar “shows de despedida” bancados por promotores espertalhões para cima dos fãs de raciocínio lento...

Este é o mundo do show business. Acostume-se.

Fonte: Yahoo

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