segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cauã e Grazzi Massafera não querem atuar juntos


Que Cauã Raymond é um ator talentoso, não é novidade. Mas há cerca de um ano o bonitão entrou em sociedade com seu empresário, Mario Canivello, e abriu uma produtora de filmes. “Estamos num crescente. Devagarinho entrando no mercado", diz. Pura modéstia: em pouco tempo ele já assinou quatro produções. Em março terminou de filmar ‘Alemão’, longa de José Eduardo Belmonte sobre a ocupação do Complexo do Alemão - sua empresa foi produtora associada. Logo depois, entrou no set para viver um amigo de Tim Maia na cinebiografia do saudoso cantor, onde também dá expediente atrás das câmeras. Na última semana, embarcou para o sertão de Pernambuco para rodar ‘Amores Roubados’, minissérie de George Moura para a TV Globo. E, quando terminar esse projeto, nada de férias: dará vida a um caçador de recompensas na série ‘O Caçador’, prevista para o final do semestre, também na Globo. Como se não bastasse, no fim do ano o incansável parte novamente para o sertão onde filma ‘Língua Seca’, em que além de atuar... será novamente co-produtor. Por fim, fará dois papeis - além de produzir, naturalmente - em ‘Azuis’, em que interpretará um escritor esquizofrênico

Como dá conta de tantos papéis?
É puxado. Para o chefe do tráfico de Alemão convivi com moradores, funkeiros e antigos soldados do tráfico na comunidade. Depois fiz Tim Maia e tive que usar uma peruca hilária que me deixava parecido com a Maria Bethânia. Em seguida mergulhei no sommelier Leandro de Amores Roubados. Para o papel fiz aulas na Sociedade Brasileira de Somneliers e agora até tomo uma tacinha todos os dias antes de dormir. O próximo passo será mergulhar em O Caçador. Aí entro em Língua Seca e, em seguida, auto e produzo Azuis. Para este projeto compramos os diretos dos livros Todos os Cachorros São Azuis e Me Roubaram Uns Dias Contados, que dão origem ao roteiro.

Sobra tempo para ser o Cauã Reymond?
Às vezes dá uma saudade da cara que você quer ter. Acho que queria cortar o cabelo mais curto, porque cuidar de fios longos dá um trabalho... Não tenho paciência de ficar com o cabelo hidratado e esperar aquele creme fazer efeito por cinco minutos no chuveiro. O que vou fazer nesse meio tempo? Até sei, mas não posso falar...

Você recusou fazer par romântico com Grazi na próxima novela do Silvio de Abreu?
Ele nos convidou sim, mas não temos vontade de trabalhar juntos, num mesmo projeto. Isso é uma coisa bem resolvida entre nós. Quem sabe, mais para frente e num trabalho que não seja novela, um filme ou outra situação. Sou superfã da minha mulher, mas a princípio não pretendemos trabalhar juntos.

O que mudou depois da paternidade?
Tudo, principalmente a forma como administro meu tempo. Levo a Sofia à aula de música e natação e muitas vezes vou sozinho com ela. E outra coisa é que você encontra um amor que você não sentia antes. Não é igual ao amor de mulher e homem, mas aquela coisa de dar a vida por outra pessoa. O mais legal é que você pode fazer todo tipo de papel, com uma carga pesada como um traficante, que ao chegar em casa e encontrar aquela pessoinha na sala te esperando falando ‘papá’, o personagem se esvai. Se soubesse disso antes teria convencido a Grazi a ter filho mais cedo. Ter mais filhos é um assunto para ser conversado.

O que mais te incomoda na vida pública?
Me sinto invadido quando criam coisas pejorativas. Também fico numa posição difícil quando alguém produz uma notícia sem checar a fonte, e as pessoas não têm noção do tamanho que as coisas tomam. Mas trabalho como ator há 11 anos e alcanço um grande público de TV e cinema. Com o tempo fui amadurecendo, cada vez lido melhor e entendo como as coisas funcionam.

Fonte: Época

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