segunda-feira, 7 de abril de 2014

Esquete sobre AIDS é a nova aposta do "Porta dos Fundos"


O coletivo humorístico mais popular da internet, o "Porta dos Fundos", vai lançar no próximo sábado (4), em seu canal no Youtube, sua primeira série de esquetes.

Dividida em quatro episódios que irão ao ar nos sábados a partir das 19h, "Viral" vai mostrar de forma satírica as situações pelas quais passa um homem que se descobre soropositivo e que resolve contar seu diagnóstico a todas as mulheres com quem transou.

Interpretado por Gregorio Duvivier, o paciente conta com a ajuda de um amigo, vivido por Fábio Porchat, que irá apoiá-lo durante a empreitada.

Porchat falou sobre as possíveis polêmicas que a escolha do tema pode suscitar.

"Depois de ter escrito os roteiros, falei com uma médica e com militantes soropositivos. Eles leram os roteiros e aprovaram. Muitas das situações que eu instintivamente escrevi, disseram-me eles, realmente acontecem."

Dentre os elogios que recebeu da médica, Porchat destaca o fato de o personagem infectado com o vírus HIV ser heterossexual. "Ela disse que isso é muito bom porque tem muita gente que acha que Aids é uma doença de gays, o que sabemos não ser verdade."

"Eu tenho Aids" - O personagem interpretado por Gregório Duvivier vai passar por situações bastante constrangedoras durante os quatro episódios. Em uma delas, ele irá falar com uma prostituta que "está com Aids". Ela então, conta Porchat, irá responder: "Qual o problema? Eu faço teste a cada seis meses e só transo com camisinha..."

O humorista explicou ainda porque usará a expressão "tenho Aids" e não "sou soropositivo" (Aids tem apenas quem não faz tratamento e acaba desenvolvendo a doença). "Esta é uma questão técnica. A própria médica disse isso. A pessoa que descobre que tem o vírus demora para discernir a diferença entre as duas coisas. Em geral, quando ele conta para alguém, fala que está com Aids."

A série ainda vai ridicularizar diversos outros preconceitos sobre o tema e mostrar outro dado bastante presente na realidade dos soropostivos. Em geral, conta Porchat, a mulher fica com o marido infectado. O contrário nem sempre ocorre.

"A ideia toda da série é tirar sarro da ignorância sobre esse assunto, especialmente porque hoje em dia ter o vírus não é como nos anos 1980. E falar disso com humor ajuda a desmistificar. Mas, claro, sempre vai ter alguém criticando. Até o vídeo da previsão do tempo... Teve gente que veio reclamar que não falamos do tempo no Piauí por preconceito..."

Fonte: UOL

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