quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Autora explica a história de "Ligações Perigosas"


Ela já escreveu 6 filmes, 3 peças de teatro e está há 20 anos na TV Globo como colaboradora, mas é em Ligações Perigosas que a autora Manuela Dias dá seu voo solo na casa. "É um desafio maravilhoso! Tive supervisão da Duca Rachid, com quem trabalhei em Cordel Encantado (2011) e Joia Rara (2013-2014) e me senti sempre muito acolhida. Tive a parceria do Vinícius Coimbra e da Denise Saraceni (diretores geral e de núcleo, respectivamente). A cada leitura, nós líamos a minissérie inteira juntos, ouvindo tudo com muito cuidado. Reescrevi cada capítulo mais de 10 vezes. Essa troca contínua diminui o frio na barriga!", disse em entrevista ao Gshow, portal de entrenimento da Globo.

Ligações Perigosas - Manuela conta que a ideia surgiu quando o diretor geral Vinícius Coimbra viu o filme "Ligações Perigosas", do diretor de cinema britânico Stephen Frears, de 1988, para a pesquisa que estava fazendo para a novela Lado a Lado (2012). "Ele me perguntou se daria para fazer uma minissérie. Fui reler o livro ('As Ligações Perigosas' de Chordelos de Laclos) e falei: Claro que dá! Vamos fazer! É genial e vai ser incrível!", lembra empolgada.

O processo, então, iniciou em maio de 2014. "Fui para São Paulo e estudei o livro inteiro com a Duca, e chegamos ao primeiro capítulo. Voltei para o Rio e reescrevi várias vezes até chegar em um primeiro capítulo que eu me identificasse completamente", recorda.

A partir daí, a autora se juntou com os colaboradores Walter Daguerre e Maria Helena Nascimento para começar o grande sonho. "Quando os 10 capítulos estavam prontos, mandamos para o Silvio de Abreu (autor). Ele é uma pessoa incrível, que tem um olhar criativo sobre você. Na minha primeira reunião com ele, falei: Silvio, eu tinha 7 anos quando 'Guerra dos Sexos' passava, eu tô muito nervosa de estar me reunindo com você. Ele me abraçou, me deu algumas sugestões e falou que a minissérie estava demais. A entrada do Silvio foi fundamental!", lembra.

O público pode esperar uma grande história de jogos de sedução, mas a autora é bem clara: "Não é uma história de sexo, é uma história de poder e manipulação. A grande brincadeira dos personagens é de poder, não é uma brincadeira sexual", esclarece. Manuela não foge da comparação com Verdades Secretas, trama de Walcyr Carrasco que apresentou muitas cenas quentes na telinha, mas explica que o tom de Ligações Perigosas será diferente. "As pessoas faziam sexo de roupa nos anos 20, as relações e os costumes com o corpo eram diferentes", diz e complementa: "É um sexo sugerido!".

Com apenas 11 personagens no folhetim, a autora conta que escolheu cada ator a dedo. "Tivemos a oportunidade de escolher cada ator com muita dedicação. Não tem ninguém que tenha entrado de um jeito confuso nesta minissérie", diz. Manuela aproveita para falar do grande sonho de estar trabalhando ao lado de Selton Mello. "Ele é um gênio! Tivemos uma troca muito bacana, até pelo trabalho dele como autor e diretor. Foi muito difícil escolher uma pessoa para fazer o Augusto, porque é um personagem muito específico, que demanda, além de muito talento, muita inteligência e ele tem tudo isso. Eu o considero o melhor ator do Brasil junto com Wagner Moura e Lázaro Ramos", elogia. Mas quem está sendo a grande revelação para Manuela é a atriz Alice Wegmann, que interpretará a doce Cecília: "Apesar de ser tão jovem, a Alice me surpreendeu pela entrega, pela fome, falta de censura, inteligência de atuação e pela colaboração dela como pessoa.".

Ligações Perigosas é escrita por Manuela Dias e supervisão de texto de Duca Rachid. Baseado no clássico "Ligações Perigosas" de Choderlos de Laclos, a minissérie tem direção de núcleo de Denise Saraceni e direção geral de Vinícius Coimbra e tem previsão de estreia para janeiro de 2016.

Fonte: O Planeta TV

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